História da Música Eletrónica II
Década de 1850 a 1940: os primeiros artistas e equipamentos
A habilidade de gravar sons é absolutamente necessária para a produção de
música eletrônica, e é certamente bastante útil. O primeiro precursor do fonógrafo
foi inventado em 1857
quando Leon
Scott gravou pela primeira vez impressões de som em cilindros
revestidos em carbono.
Duas décadas depois, em 1878
Thomas
A. Edison patenteou o fonógrafo, que utilizava cilindros similarmente ao
dispositivo de Scott. Apesar do mecanismo ter se mantido inalterado por um
tempo, Emile Berliner desenvolveu o fonógrafo em disco em
1897.
Data de 1897 o mais antigo instrumento musical electroacústico. Foi uma
invenção de Thaddeus Cahill, conhecida como dinamofone
ou telarmónio.
A máquina consistia num dínamo eléctrico, associados a indutores electromagnéticos
capaz de produzir diferentes frequências
sonoras. Estes sinais eram comandados por um teclado e um painel de controlos e difundidos
pela linha telefónica, cujos terminais estavam equipados com amplificadores
acústicos, colocados em locais públicos. Veio a verificar-se que a emissão
musical interferia com as chamadas telefónicas, o que era insustentável. O
instrumento tinha a capacidade de sintetizar sons com os timbres desejados,
por sobreposição de parciais harmónicos.
O sistema que permitia este desempenho tornava a máquina extremamente complexa
e de dimensões gigantescas. O compositor Ferrucio
Busoni mostrou interesse pela invenção, potencialmente geradora de novos
conceitos harmónicos, não tendo no entanto apoiado directamente o projecto. A
tecnologia foi posteriormente usada para o desenvolvimento do órgão Hammond. Entre 1901 e 1910, Cahill
desenvolveu três versões maiores e mais complexas que o original, a primeira pesando
sete toneladas,
e a última, acima de duzentas. Com a queda do interesse público, em 1912 a empresa de
Cahill estava falida.
A consola de um telarmónio
de Thaddeus Cahill, 1897
Fonte: Wikipédia
Sem comentários:
Enviar um comentário