PARTY PEOPLE,
O meu nome é Miguel António Silveira
Almeida, sou natural da Ilha Terceira-Açores. Já caminho para os 40 anos de
idade e desde de muito novo que tenho um enorme gosto pela música.
Já fui Punk, Metaleiro, e fã número um
do Jim Morrison e dos The Door’s, até me ter sido dado a ouvir
pela primeira vez a música de dança ou electrónica. Estávamos no ano de 1994,
na Ilha Graciosa, quando um primo meu que estava ligado à noite de Lisboa tinha
consigo umas cassetes com álbuns de Alcântara
Mar e Locomia, duas das
discotecas mais marcantes da "dance-scene" nacional, o primeiro em
Lisboa o outro no Algarve.
Conheci discotecas na Ilha Terceira como
Satiricon, ainda com os meus pais. Vi
e vivi a JUMP, discoteca da minha
adolescência. Cheguei a ir ao Baleia
na Fonte do Bastardo e ao Lareira no
Juncal. Por esta altura estudava em S. Miguel onde conheci a Rocks, O Pupulos In, O Karamba,
etc. Frequentei Pubs como a Quinta do
Cabo, o Dunas e o único e exclusivo Foxy´s. Estes todos na
Terceira. Na ilha Graciosa nos verões ía ao Moinho,
bar-disco dentro de um moinho ou ao Vila-Sacramento
junto ao Aeroporto.
Entrei nos sons electrónicos na velhinha
Twins Club e no Bar Vida Marítima no Negrito.
Foi no Negrito que tudo começou. a primeira festa com o Dj André Moreira foi organizada em 1995,
altura em que me encontrava na Tropa em S. Miguel. Entre 1996 e 2001 fui a
muitas festas e afters neste espaço e ouvi pela primeira vez Djs como Paulo Leite ou Mário Marques.
Mais tarde, organizei em conjunto com um
amigo meu, uma das primeiras ditas “RAVES” na zona balnear dos Biscoitos, com o
Dj Evangelista, e estive presente na
primeira grande festa na Zona Balnear das 4 Ribeiras com o Dj XL Garcia e Dj Carlos
Manaça. Estávamos em pleno verão de 2001 e esta foi a festa que abriu a
porta da música de dança às massas da ilha Terceira.
Fui gerente e grande impulsionador do Celeiro Disco Lounge e trabalhei como VJ
na Wolf Club. Em 2002 fundei uma
agência de eventos e agenciamento de artistas, a Islandsounds, que 3 anos depois passei a um amigo do Faial que
ainda leva este projecto avante. Enquanto gerente do Celeiro, conheci muitas
pessoas e artistas ligados à dance-scene nacional como: Pete Tha Zouk, Paulo Leite,
FOX, Lúcio Monteiro, Luís Leite,
China, To Richardi, entre outros. Organizei muitas festas temáticas com
artistas nacionais, bailarinas (os), Drag Queens, sempre com produção do
espaço, decor e staff a rigor, pois o Celeiro tinha uma equipa de trabalho,
julgo eu, das melhores. Na Islandsounds,
que seu principal objectivo era promover os artistas regionais. Lancei nomes
como o Dj Bruno aka Silver Star, Dj Oliver T, as duplas Black&White Connection e Brother’s On Dish, com a sua mana Vocal Vibrations nas acapelas. Foram
ideias minhas! Agenciei artistas
nacionais como Bruno Marciano, Joana Pinho, Paulo Leite, etc. e internacionais como Lucca Ricci ou Rob di Stefano.
Organizei diversos eventos em todas as discotecas da ilha e em S. Miguel,
Faial, Pico e S. Jorge.
Por terras do Continente a noite de Lisboa
foi a que conheci melhor! Começando sempre pelos bares do Bairro Alto ou pelo pequeno mas enorme OpArt. Frequentei discotecas como o “underground” Kremlim, ou o ecléctico Lux, fui a afters no antigo Benzina com Dj Vibe e Dj Jiggy sem
antes deixar de passar no Alcântara Mar.
No norte estive nas caves da Rocks onde ouvi nomes como Green Velvet e Plastikman. No sul,
infelizmente nunca lá fui.
Festivais como Lisboa Parade, onde Erick Morillo parou ao fim de três malhas e
disse ao microfone: “Don’t blame the organization, blame the police!” Ou o
excelente Optimus Alive no Meco, com Bjork , Moby e Moloko marcaram a
minha passagem pelos grandes eventos no Continente.
Pelo menos por agora, Boom Festival é um objetivo para breve.
Embora nos últimos anos tenha estado
mais afastado da organização e produção de eventos, continuei sempre com o trabalho
de designer gráfico freelancer, principalmente para casas da noite, como Twins Club, Jiggy, WOLF Club, Ibiza Bar, Eclipse, etc. e eventos e festivais como Black Bull Festival ou Mid
Summer Party, entre muitos outros. Fui das primeiras pessoas a fazer distribuição
de “flyers” na rua de mão em mão. Trabalhei com promotoras e promotores para
marcas como a Marlboro ou Carlsberg.
O amor pela música e pela noite nunca morreu, as batidas 4/4 e os
acontecimentos aos 16 ou 32 tempos ficaram gravados dentro de mim.
É graças a esse amor e por achar que a noite dos açores já foi melhor e já
teve mais qualidade com menos quantidade, que lanço agora este projeto AzoresINbeats, onde vou falar, comentar
e promover o que na minha humilde opinião acho que tem realmente valor.
…SEE YOU ON THE DANCEFLOOR!
Sem comentários:
Enviar um comentário